Brand-Dropping VS. integridade artística

Ok, essa saiu na WIRED. A banda Pussycat Dolls (sim, aquele bando de gostosinhas) estaria vendendo espaço publicitário nas suas letras! Sim, coleguinha Disney! Se você acha que o termo "vendido" ainda não tinha sido explorado totalmente, pode ir mudando de idéia.

O "esquema" foi descoberto após um email que foi enviado por Paul Kluger (Kluger Agency que já representou, dentre outros "artistas", Mariah Carey, Ludacris e Fall Out Boy) representante das PCD, foi parar nas mãos/caixa de e-mail de um membro da Anti-Advertising Agency (Agência Anti-Propaganda americana) por engano. Na verdade era para ter ido apenas para a Double Hapiness Jeans, uma loja virtual e relativamente desconhecida.

A oferta era simples: pela quantia certa de dinheiro, a Double Hapiness Jeans teria seu nome incluído numa das próximas músicas do grupo. Bem, muitos artistas já citaram marcas famosas em suas letras no passado. Quem não se lembra da Janis Joplin pedindo para Deus lhe comprar uma Mercedes-Benz? Mas isso, ao que tudo indica, era uma questão pessoal do artista e sem a menor intenção de faturar. Mercedes sempre foi um símbolo de status e sucesso e era disso que tratava a letra de Janis.

Mas quando compor uma peça de arte (ok, uma música da PCD pode não ser arte, mas isso é papo para outro post) se torna um negócio a coisa muda de figura. A questão é que o mundo sofre tanto com tantas propagandas ao mesmo tempo, que nós praticamente ignoramos toda e qualquer tentativa de anúncio tradicional. Então o que as agências (que são as principais culpadas por essa falta de critério nos anúncios) fizeram? Bolaram o tal do branded-dropping (que é o nome oficial desta pilantragem nas músicas).

Então amiguinho Disney, fique esperto. Da próxima vez que você ouvir "Geração Coca-Cola" pare pra pensar da onde vem a aposentadoria dos membros do Legião Urbana.

Nenhum comentário: